Caso Latina: Atentado violento contra empresário com intuito de calar o Jornal Noticiantes completa dois anos, com três dos seis envolvidos presos

Há dois anos, a equipe do Jornal Noticiantes sofria uma tentativa sórdida de censura por meio de violência. O empresário Fábio Yang sofreu um atendado em sua própria casa, na manhã do dia 02 de junho de 2023. Uma figura armada e encapuzada adentrou a garagem da vítima, que estava se preparando para tirar o carro da garagem e ir trabalhar.
O criminoso rendeu Fábio até o fundo da garagem, o agrediu e, apontando uma arma para sua cabeça disse a seguinte frase: “Pare de publicar coisas sobre a limpeza pública no jornal”. Na sequência, tomou o aparelho celular e as chaves do carro da vítima e fugiu em um veículo que o estava aguardando na rua.
Dois meses após o crime, se desenrolou uma megaoperação comandada por agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público do Estado de São Paulo, em ação conjunta com a Polícia Civil de Jaú, através da Delegacia de Investigações Gerais (DIG). O dia 08 de agosto de 2023 ficará para sempre na história local como o dia em que o Gaeco tomou conta de Bariri.
Simultaneamente, os municípios de Jaú, Itaju e Limeira também receberam agentes da megaoperação comandada pelo promotor Nelson Aparecido Febraio Junior (da Promotoria de Justiça de Bariri) e pelo delegado Marcelo Tomaz Góes (à época, comandante da DIG de Jaú). Em Limeira, a ação resultou na prisão do empresário Paulo Ricardo Barboza, proprietário da empresa Latina Ambiental Ltda., vencedora da licitação de limpeza pública nos municípios de Bariri e Itaju. Com isso, a megaoperação tornou público o primeiro nome oficial do rol de responsáveis pelo crime contra Fábio Yang. Mas a história estava longe de acabar.
Paulo Ricardo encomendou o crime após ele próprio ser pressionado por uma outra pessoa, citado no extenso processo como o “autor intelectual” do atentado. Nesses dois anos que se passaram, a principal pergunta que fica no ar é: por que o autor intelectual do crime, o ex-prefeito de Bariri Aberlado Maurício Martins Simões Filho (MDB), ainda não sofreu nenhuma punição?
Relembre abaixo a cronologia dos fatos, de junho de 2023 até o presente momento. Os autos do Processo do Caso Latina ultrapassam 10 mil páginas de arquivos, que revelam os detalhes do esquema criminoso entranhado na Prefeitura Municipal de Bariri, durante a gestão Abelardo-Foloni.
Preparação para o atentado
Em 31 de maio de 2023 (dois dias antes do atentado), Paulo Ricardo Barboza efetuou ligação telefônica à empresa Yang Loteamentos, mostrando interesse em adquirir imóvel em um empreendimento da empresa no estado de Minas Gerais. Na ligação, Paulo disse que iria pessoalmente até a sede da Yang Loteamentos no dia 02 de junho (dia do atentado) para falar sobre o negócio com Fábio Yang (dono da empresa e vítima do atentado). Com isso, Paulo confirmou que o empresário estaria em Bariri no dia do crime.
Prisão de Paulo Ricardo Barboza
Preso em Limeira-SP, o empresário Paulo Ricardo Barboza foi conduzido à Cadeia Pública de Pirajuí em 08 de agosto de 2023. Por meio de quebras de sigilo telefônico, a investigação revelou que o atentado contra o empresário Fábio Yang estava diretamente ligado a mais um desdobramento da Operação Prenunciados, que expôs o esquema de licitações fraudulentas na gestão Abelardo-Foloni em Bariri.
Modus Operandi
O proprietário da Latina Ambiental esteve no centro da cidade de Bariri em 21 de janeiro de 2021 e em 09 de fevereiro de 2021, antes da elaboração do termo de referência do edital da licitação de limpeza pública (elaborado em março de 2021). Nestas ocasiões, Paulo recebeu chamadas telefônicas de um número fixo pertencente a Prefeitura Municipal de Bariri, além de ser contatado também por Abílio Giacon Neto, proprietário da Mazo & Giacon, empresa “concorrente” da Latina na licitação, que à época possuía contrato com a prefeitura para prestar os serviços de coleta de lixo em Bariri.
Prisão do Capitão Alexandre Gonçalves
Em 16 de agosto de 2023, foi decretada a prisão temporária (posteriormente convertida em preventiva) do Capitão da Polícia Militar, Alexandre Gonçalves, 40 anos. Ele foi preso no município de Araras-SP, após aval do juiz Mauricio Martines Chiado, da 2ª Vara Judicial da Comarca de Bariri. Apontado como o executor do atentado, Alexandre foi o homem que invadiu a garagem da vítima encapuzado e, portando arma de fogo, rendeu e ameaçou Fábio Yang.
Como a participação do Capitão foi revelada?
A quebra de sigilo telemático identificou que o celular de Alexandre registrou a mesma localização do veículo utilizado para a prática do crime, comprovando que seu celular realmente estava dentro do carro durante todo o deslocamento de ida e volta, entre as cidades de Araras (local de residência do acusado) e Bariri.
Outro fato que chamou a atenção é que, no dia anterior ao crime, Alexandre esteve na área em que fica a sede da Latina Ambiental, em Limeira. Em depoimento ao Ministério Público, uma funcionária da empresa confirmou que o VW/Voyage (o carro utilizado no crime) permaneceu recolhido na Latina antes do fato, além de afirmar que o próprio Paulo Ricardo fez a entrega das chaves a uma terceira pessoa (que seria Alexandre).
Trajetória do veículo
O automóvel VW/Voyage, utilizado por Alexandre no dia do crime, foi alugado por Paulo Ricardo na empresa Germânica Veículos, de Limeira. Conforme consta nos autos do processo, em 02 de junho, o veículo passou cinco vezes, por três diferentes praças de pedágio, entre ida e volta.
• Antes crime: Rio Claro (às 4h50); Brotas (às 5h18); Dois Córregos (às 5h40).
• Após o crime: Brotas (às 7h42); Rio Claro (às 8h13).
No caminho de ida, após passar por Dois Córregos, o veículo foi conduzido até Bariri em velocidade acima da permitida, sendo autuado por multa de trânsito.
Após o crime, ao deixar Bariri, o veículo mudou o percurso e, diferentemente do que ocorreu na ida, evitou passar pelo pedágio de Dois Córregos, desviando o caminho pela cidade de Torrinha.
Dono da Latina aponta Abelardinho como mandante do atentado
Em interrogatório ocorrido em 1º de Setembro de 2023, o proprietário da Latina Ambiental, Paulo Ricardo Barboza, deu o nome do ex-Prefeito Municipal de Bariri, Abelardo Maurício Martins Simões Filho, revelando detalhes do esquema de propina que mantinha com Abelardinho, para manutenção da licitação de limpeza ambiental no município. Na presença de promotores e advogados, Barboza confirmou que Abelardinho foi o mandante do atentado criminoso contra o empresário Fábio Yang, ocorrido em 02 de junho, em represália às denúncias da Latina veiculadas pelo Jornal Noticiantes.
Paulo Ricardo disse à promotoria que tinha a intenção conversar, amigavelmente, com o empresário Fábio Yang por conta de publicações sobre a empresa Latina no Jornal Noticiantes, mas que a iniciativa de diálogo teria sido barrada por Abelardinho.
Segundo o proprietário da Latina Ambiental, agentes públicos (pessoas de confiança de Abelardo) o contatavam diariamente, a pedido de Abelardinho, dizendo comandos como: “você resolva essa questão, porque o problema da nossa Administração é o seu contrato”.
Conforme consta nos autos do processo, Paulo teria passado um bom tempo tentando convencer Abelardo do contrário, dizendo: “me deixa conversar com ele (Fábio) pessoalmente, uma conversa informal não mata ninguém”. Mas Abelardo dizia: “se você se virar para o lado dele (Fábio), você já entende como vai ficar sua situação aqui”. Abelardo falava: “não tem condição, isso aí não vai acontecer. A sua renovação está chegando e se esse problema perdurar, vou ter que cancelar o seu contrato, porque não posso ficar com esse rabo de foguete por sua culpa”.
Diante da pressão sofrida, Paulo Ricardo contratou o Capitão da Polícia Militar, Alexandre Gonçalves, para ameaçar o empresário Fábio Yang. Para executar o crime, o PM recebeu a quantia de R$ 5 mil.
Abelardinho vira alvo de investigação por roubo e coação (relacionados ao atentado) e outros crimes
Em 04 de setembro de 2023, o Ministério Público enviou ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), o pedido de instauração de uma investigação criminal contra o ex-prefeito de Bariri, Abelardo Maurício Martins Simões Filho, por envolvimento em fraudes licitatórias do serviço de limpeza pública.
Os promotores Nelson Aparecido Febraio Júnior, Gabriela Silva Gonçalves Salvador, Ana Maria Romano usaram o interrogatório do empresário Paulo Ricardo Barboza como sustentação para entrar com o pedido. Fortes elementos probatórios indicaram o cometimento de cinco crimes pelo ex-prefeito:
- Corrupção passiva: Ocorre quando um servidor público recebe ou aceita vantagens indevidas (propina) em troca de favores ou ações em seu cargo;
- Concussão: Ocorre quando um servidor público utiliza sua posição de autoridade de maneira ilegal;
- Fraude Licitatória: Ocorre no contexto de simular processos de licitação;
- Coação no Curso do Processo: Ocorre quando alguém tenta influenciar, intimidar ou coagir testemunhas de forma ilegal.
- Roubo: Quando uma pessoa, chamada de "autor do roubo", toma algo de outra pessoa, chamada de "vítima", contra a vontade dela, por meio de força física, ameaças, armas ou qualquer tipo de violência para conseguir o que deseja.
Abílio Giacon Neto é preso em Bariri
Em 14 de setembro de 2023, o empresário Abílio Giacon Neto, proprietário da Mazo & Giacon Ltda., foi preso em mais uma ação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Bariri, através dos promotores Nelson Aparecido Febraio Júnior e Gabriela Silva Gonçalves Salvador.
Abílio participou do esquema de licitações fraudulentas da Prefeitura de Bariri, assim como Paulo Ricardo Barboza, proprietário da Latina Ambiental. Em interrogatório, Barboza definiu Giacon como “o pau mandado” do prefeito Abelardo Simões. A investigação que conta com a quebra do sigilo telefônico dos investigados, revelou ligações telefônicas entre Giacon e Barboza, além de também revelar participação direta de Giacon no atentado cometido contra Fabio Yang.
Abílio Giacon Neto passou endereço de vítima de atentado ao proprietário da Latina e cópia do depoimento de Fábio
“Pelo que se extrai foi Abílio quem, juntamente com outros agentes, exigiram o atentando contra Fábio como condição para renovação contratual com o Poder Público. Ainda, foi Abílio quem indicou endereço e locais para que o crime pudesse ser executado. E pelo que se denota das filmagens da empreitada criminosa, horário de chegada e saída somente são compatíveis mediante colaboração de pessoas residentes no município e que de fato tenham confirmado a dinâmica, até pelo que os executores vieram de outra localidade.” - Ministério Público do Estado de São Paulo nos autos do processo do Caso Latina.
Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência de Abílio, uma das Promotoras de Justiça localizou o termo de depoimento da vítima do atentado (Fábio Yang), prestado na delegacia de Polícia de Bariri, entre os pertencentes do investigado. Este fato comprovou a veracidade da informação passada por Paulo Ricardo Barboza em interrogatório: de que Abílio teria lhe enviado cópia do depoimento de Fábio e pedido para que ele (Paulo) trocasse seu aparelho celular, por suposta ordem do prefeito Abelardo Simões, com o intuito de obstruir provas da investigação.
“Paulo disse que em uma dessas conversas, Abílio lhe disse: ‘o chefe pediu para você jogar fora o seu celular’. Abílio ainda gravou áudio para Paulo, transcrevendo o conteúdo do B.O da vítima (Fábio) na Delegacia. Abílio mandou para Paulo foto do depoimento de Fábio Yang na Polícia Federal com descrição do caso do atentado sofrido e disse para Paulo se preparar, porque ele também sofreria os danos desse processo”.
O Ministério Público concluiu que “Abílio contribuiu de maneira absolutamente relevante para os resultados objetivos da empreitada. Além de pedir as providências contra vítima Fábio, indicou seu endereço, locais de frequência, onde poderia ser encontrado, propiciando meios concretos para execução dos crimes violentos, das quais além ser um dos idealizadores, tinha ciência. Para além dos crimes violentos, Abílio estava associado com outras pessoas para cometimento de crimes ligados a licitação e desvios de valores públicos. E neste momento, inevitável sua prisão para continuidade das investigações, pois cuida-se de pessoa que tem proporcionado meios para dificultar as apurações”.
“Do Yang está guardado” - Reunião que planejou o atentado contou com Abelardinho e Abílio Giacon
Em junho de 2024, um relatório anexado ao nos autos do processo do Caso Latina revelou novas e importantes informações sobre o esquema de licitações fraudulentas e sobre o atentado criminoso cometido contra Fábio Yang.
Em depoimento, Paulo Barboza confirmou novamente que foi pressionado pelo ex-prefeito de Bariri, Abelardo Maurício Martins Simões Filho (MDB) para “dar um jeito” em Fábio. A investigação revela que o atentado passou a ser planejado em 29 de março de 2023, após o dono da Latina se reunir presencialmente com Abelardinho e Abilio Giacon Neto (vulgo “Gordo do Lixo”) em Bariri.
Em áudio enviado à Paulo, o funcionário da Latina, Junior Pittia, fala sobre o incômodo que as denúncias publicadas no Noticiantes estavam causando na empresa.
“A cidade inteira de Bariri tá de zóio em nós. Nós que eu digo, na empresa Latina Ambiental. Tem muita gente remando contra, né? E aquele maldito jornal, eles estão só esperando um gancho para pegar nós, ou seja, para criar confusão”, diz Junior.
Após finalizar a reunião de 29 de março de 2023, Paulo confirma para Junior que já estava com planos para cessar a “encheção de saco externa”. Com isso, a promotoria concluiu que “nesta data já articularam um atentado contra Fábio Yang”.
Na mesma ocasião, por mensagem de áudio, Paulo diz à Junior: “Do Yang também tá guardado viu. Também não vai passar em branco, não. Depois te dou notícias. Ou provavelmente você vai ficar sabendo”.
“Ele vai moer o China” - Griso prometeu à Aberdinho “guerra” contra Fábio Yang
“Bom, prefeito; é o seguinte (...). E ele vai começar a pegar no pé do China, tá? Do Yang. O Yang tá enchendo o saco (...) ele vai pra guerra com China. O China tá fodido com ele, cara. Eles vão para cima do China e de tudo quanto é jeito que você imaginar, tá? Pediu pra eu te avisar, para você não se assustar, mas ele vai moer o China. Tá bom? Por favor, entre nós só tá um abraço.” – Giuliano Griso em áudio enviado a Abelardinho.
Ainda em junho, novos relatórios anexados nos autos do processo revelaram a participação do ex-diretor de Obras Giuliano Griso, no plano maquiavélico traçado contra o empresário Fábio Yang: os arquivos formam 47 páginas nas quais são exibidas mensagens trocadas entre Giuliano Griso e outros réus do processo da Latina Ambiental.
As informações que compõe o relatório foram obtidas a partir da quebra de sigilo telemático do ex-diretor de Obras. O aparelho telefônico de Griso (Samsung Galaxy Note 10) foi apreendido por agentes de Gaeco em 08 de agosto de 2023, durante a megaoperação. Griso recebeu e enviou áudios aos réus Paulo Ricardo Barboza (proprietário da Latina); Flávio Coletta (ex-chefe de Gabinete); Abílio Giacon Neto (vulgo “Gordo do Lixo”); Vagner Mateus Ferreira (o ex-vereador Vaguinho); além do prefeito cassado Abelardo Maurício Martins Simões Filho.
Em 02 de fevereiro de 2021, Griso enviou áudio ao ex-prefeito Abelardinho prometendo “moer” Fábio Yang, após se reunir com uma terceira pessoa (que teve seu nome ocultado na peça do MP). Segundo apurado por nossa reportagem de maneira extraoficial, Giuliano Griso teria pedido a pessoas ligadas à imprensa local, incluírem na programação diária, comentários que tinham por objetivo de descredibilizar e ministrar ataques xenofóbicos contra a vítima (Fábio Yang).
Griso arma com “Senhor’ misterioso para atrapalhar liberação de empreendimento imobiliário de vítima
“Viu, eu precisava falar com o senhor. Vamos parar um pouco com esse mimimi nosso aí, encrenquinha de moça. Precisamos conversar coisa séria. Com relação ao Yang, os empreendimentos dele aqui. Tem alguns que eu vou ter que soltar e eu não gostaria de soltar. E eu precisava da sua ajuda aqui, com relação a isso. Vamos virar a página, ok, meu amigo? Um abraço.” – Giuliano Griso em áudio enviado à pessoa não identificada.
Uma das maiores críticas direcionadas ao ex-diretor de Obras de Bariri, Giuliano Griso, era o fato dele ocupar a pasta sem qualificação necessária: Advogado de formação, Griso não possui graduação em engenharia, fator que o impedia de assinar termos relacionados a obras públicas entre outros documentos que passavam pelo setor.
Em 20 de outubro de 2021, Griso envia mensagem de áudio para uma terceira pessoa (não identificada pelo MP) pedindo ajuda para impedir a liberação de um empreendimento imobiliário da empresa da vítima do atentado criminoso, Fábio Yang. Novamente, o processo deixa claro que um diretor do alto escalão da administração Abelardinho tinha a intenção de prejudicar diretamente a vítima, que viria a sofrer atentado criminoso um ano e meio depois.
Quem é o tal “Senhor” a quem Griso se refere com respeito e ponderação?
Paulo Ricardo, Alexandre, Griso e Abílio são condenados à prisão por atentado criminoso e outros crimes
Em 29 de novembro de 2024, a Justiça condenou à prisão os réus Paulo Ricardo Barboza, Abílio Giacon Neto, Giuliano Griso, Flávio Muniz Dalla Coletta e Alexandre Gonçalves.
Eles foram julgados culpados pelos crimes de: organização criminosa, frustração ao caráter competitivo de licitação; fraude na execução dos contratos; corrupção ativa e passiva; coação no curso no processo; e roubo.
Os chamados crimes de “coação no curso do processo” e “roubo” são referentes ao atentado contra o empresário Fábio Yang, e foram atribuídos nas sentenças de Paulo Ricardo, Alexandre, Griso e Abílio.
No presente momento, apenas Paulo Ricardo e Alexandre estão presos. Griso e Abílio estão respondendo em liberdade.
Abílio foi solto um mês antes da sentença, em outubro de 2024, após pagar fiança no valor de R$ 100 mil. Sua defesa conseguiu habeas corpus ao argumentar ele é obeso e sofria graves problemas de saúde que se agravaram durante o cárcere. Ele permaneceu preso por aproximadamente um ano e, agora, utiliza tornozeleira eletrônica.
Soldado Gallo, motorista do carro utilizado no atentado, é preso em Limeira
O cumprimento de mandado de prisão em flagrante ocorrido em 18 de dezembro de 2024, no município de Limeira-SP, teve como alvo Nivaldo Carlos Gallo Junior, vulgo “Soldado Gallo”. Ele foi o Policial Militar que dirigiu o automóvel utilizado no dia 02 de junho de 2023, durante o atentado criminoso contra o empresário Fábio Yang.
A operação que prendeu Gallo foi comandada pelos promotores Dr. Nelson Aparecido Febraio Júnior, Dra. Gabriela Silva Gonçalves Salvador e Dra. Ana Maria Romano. No comunicado à imprensa, o Gaeco revelou ainda que policiais militares eram contratados para assediar pessoas nos dias das licitações, como uma forma de intimidar a concorrência nos pregões presenciais, uma vez que os vencedores já estavam direcionados em ambas as prefeituras.
Esta foi a última grande atualização do Caso Latina até o momento; seguimos acompanhando os desdobramentos.
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